FOTO: Manoel Gomes Gomes
domingo, 4 de novembro de 2012
O BEIJO NO ASFALTO
FOTO: Manoel Gomes Gomes
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
BRASIL
863 ÍNDIOS MORREM… E QUASE NINGUÉM VIU
Nas últimas semanas, além do futebol de sempre, dois assuntos ocuparam as manchetes: o julgamento do chamado “mensalão” e, em São Paulo, o programa de combate a homofobia, grotescamente apelidado de “Kit Gay”. Quase nenhuma importância se deu a uma espécie de testamento de uma tribo indígena. Tribo com 43 mil sobreviventes.
A justiça federal decretou a expulsão de 170 índios na terra em que vivem atualmente. Isso no município de Iguate
Nas últimas semanas, além do futebol de sempre, dois assuntos ocuparam as manchetes: o julgamento do chamado “mensalão” e, em São Paulo, o programa de combate a homofobia, grotescamente apelidado de “Kit Gay”. Quase nenhuma importância se deu a uma espécie de testamento de uma tribo indígena. Tribo com 43 mil sobreviventes.
A justiça federal decretou a expulsão de 170 índios na terra em que vivem atualmente. Isso no município de Iguate
mi, no Mato Grosso do Sul, à margem do Rio Hovy. Isso diante de silêncio quase absoluto da chamada Grande Mídia. (Eliane Brum trata do assunto no site da revista Época). Há duas semanas, numa dramática carta-testamento, os Kaiowá-Guarani informaram:
-Não temos e nem teremos perspectiva de vida digna e justa tanto aqui, na margem do rio, quanto longe daqui. Concluímos que vamos morrer todos. Estamos sem assistência, isolados, cercados de pistoleiros, e resistimos até hoje. Comemos uma vez por dia.
Em sua carta-testamento os Kaiowá/Guarani rogam:
- Pedimos ao Governo e à Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas decretar nossa morte coletiva e enterrar nós todos aqui. Pedimos para decretar nossa extinção/dizimação total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar nossos corpos. Este é o nosso pedido aos juízes federais.
Diante dessa história dantesca, a vice-procuradora Geral da República, Déborah Duprat, disse: “A reserva de Dourados é talvez a maior tragédia conhecida da questão indígena em todo o mundo”.
Em setembro de 1999 estive por uma semana na reserva Kaiowá/Guarani, em Dourados. Estive porque ali já acontecia a tragédia. Tragédia diante do silêncio quase absoluto. Tragédia que se ampliou, assim como o silêncio. Entre 1986 e setembro de 1999, 308 índios haviam se suicidado. Índios com idade variando dos 12 aos 24 anos.
Suicídios quase sempre por enforcamento, ou veneno. Suicídios por viverem confinados em reservas cada vez menores, cercados por pistoleiros ou fazendeiros que agiam, e agem, como se pistoleiros fossem. Suicídio porque viver como mendigo ou prostituta é quase o caminho único para quem deixa as reservas.
Italianos e um brasileiro fizeram um filme-denúncia sobre a tragédia. No Brasil, silêncio quase absoluto: Porque Dourados, Mato Grosso, índios… isso está muito longe. Isso não dá Ibope, não dá manchete. Segundo o Conselho Indigenista Missionário, o índice de assassinatos na Reserva de Dourados é de 145 habitantes para cada 100 mil. No Iraque, esse índice é de 93 pessoas em cada 100 mil.
Desde 1999, quando estive em Dourados com o fotógrafo Luciano Andrade, outros 555 jovens Kaiowá/Guarani se suicidaram no Mato Grosso do Sul. Sob aterrador e quase absoluto silêncio. Silêncio dos governos e da Mídia. Um silêncio cúmplice dessa tragédia.
-Não temos e nem teremos perspectiva de vida digna e justa tanto aqui, na margem do rio, quanto longe daqui. Concluímos que vamos morrer todos. Estamos sem assistência, isolados, cercados de pistoleiros, e resistimos até hoje. Comemos uma vez por dia.
Em sua carta-testamento os Kaiowá/Guarani rogam:
- Pedimos ao Governo e à Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas decretar nossa morte coletiva e enterrar nós todos aqui. Pedimos para decretar nossa extinção/dizimação total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar nossos corpos. Este é o nosso pedido aos juízes federais.
Diante dessa história dantesca, a vice-procuradora Geral da República, Déborah Duprat, disse: “A reserva de Dourados é talvez a maior tragédia conhecida da questão indígena em todo o mundo”.
Em setembro de 1999 estive por uma semana na reserva Kaiowá/Guarani, em Dourados. Estive porque ali já acontecia a tragédia. Tragédia diante do silêncio quase absoluto. Tragédia que se ampliou, assim como o silêncio. Entre 1986 e setembro de 1999, 308 índios haviam se suicidado. Índios com idade variando dos 12 aos 24 anos.
Suicídios quase sempre por enforcamento, ou veneno. Suicídios por viverem confinados em reservas cada vez menores, cercados por pistoleiros ou fazendeiros que agiam, e agem, como se pistoleiros fossem. Suicídio porque viver como mendigo ou prostituta é quase o caminho único para quem deixa as reservas.
Italianos e um brasileiro fizeram um filme-denúncia sobre a tragédia. No Brasil, silêncio quase absoluto: Porque Dourados, Mato Grosso, índios… isso está muito longe. Isso não dá Ibope, não dá manchete. Segundo o Conselho Indigenista Missionário, o índice de assassinatos na Reserva de Dourados é de 145 habitantes para cada 100 mil. No Iraque, esse índice é de 93 pessoas em cada 100 mil.
Desde 1999, quando estive em Dourados com o fotógrafo Luciano Andrade, outros 555 jovens Kaiowá/Guarani se suicidaram no Mato Grosso do Sul. Sob aterrador e quase absoluto silêncio. Silêncio dos governos e da Mídia. Um silêncio cúmplice dessa tragédia.
UMA VERGONHA ABSOLUTA!!!!!! QUERO ME MUDAR DO BRASIL!!! VOU EMBORA MESMO DEPOIS DISSO, POIS EM UM LUGAR ONDE O PASSADO NÃO IMPORTA... O QUE SERÁ DO FUTURO?????
quarta-feira, 6 de junho de 2012
Festa na BMW
FOTO - Caio Oliveira.
terça-feira, 5 de junho de 2012
O MAR QUE EXISTE EM MIM
Um cavalo que voa chega ao mar, na aterrissagem quebra as pernas, a ignorância o sacrifica e seu espirito se divide… Metade no ocidente, metade no oriente, um terço no mar, um terço na terra e um terço no ar!!!
Espíritos divididos a procura de suas partes medindo o universo como se o caminho fosse esse, construindo escadarias para os céus, se trancando em bolhas para o mar e ardendo em chamas para a terra… Assim se vai uma vida dividida até que a primeira parte se encontra com a outra e como partículas de luz todas as outras se aproximam!!!
Ossos quebrados se juntam e formam um único esqueleto, o cavalo se adapta ao mar e de cavalo pássaro vai a forma de cavalo peixe, suas veias e artérias se reconstituem e o sangue que corre nelas envenena a quem se aproximar, as chamas caem dos céus e a pele surge como uma terra bem arada, seus cabelos crescem como grama fresca e um novo ser formado por tudo que existe se torna verdade ancorado na linha do horizonte, habitando a praia, relinchando nas ondas, cavalgando na orla branca e viajando pelos oceanos… Tudo sem estar no mar, pois o mar está nele!
O mar que existe em mim é muito maior que o universo que um dia tentei medir… Somos um… EU SOU!
FOTOS - THIAGO VARELA
LUZ - THIAGO VARELA
DIREÇÃO - RICCARDO SAN MARTINI
MAKE-UP - INSTITUTO CIDA (DIOGO LORRIN & CIDA SAN MARTINI)
FIGURINOS - RICCARD8 SAN MARTINI
MODELOS - RICCARDO SAN MARTINI, MANOEL GOMES & ISABELLY BRASIL
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
Asa Branca... Para quem é único!
Tem peças exclusivas da coleção Asa Branca na Marchio Italiano!!! Elas tem a cara do verão!!!!
Muito paetê, renda branca, malhas exclusivas em tons de pele, tecidos pintados a mão, linho e sedas que constroem shorts, calças, vestidos e blusas totalmente singulares!!
As peças são únicas (só existe uma de cada) o que garante ao seu estilo momentos particulares!
A Marchio Italiano fica na Rua - Potengi 716 Petrópolis - 84 - 3202-7300
Foto - Riccardo San Martini .
Modelos - Camila Lemos , João Netto' e Tiw T. Chaiyakham .
Make-up - Cida San Martini .
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